Contornando as dificuldades da coleta de amostras biológicas com QIAcards® FTA®

Coletando amostras de sangue

A coleta e armazenamento de amostras biológicas é um processo essencial em pesquisas científicas, diagnósticos clínicos e vigilância epidemiológica.

No entanto, a coleta tradicional de amostras enfrenta desafios significativos. Por exemplo, a degradação dos ácidos nucleicos e a necessidade de armazenamento em baixas temperaturas. Isso pode complicar não só o transporte, mas também a conservação das amostras.

Este cenário é especialmente crítico em áreas com limitação de infraestrutura ou em pesquisas de campo, como a coleta de amostras de mosquitos para análises relacionadas às doenças transmitidas por esses vetores, por exemplo, dengue, febre amarela, chikungunya, zika, malária e filariose.

Os desafios na coleta de amostras biológicas

A coleta de amostras biológicas, como sangue e saliva, por exemplo, requer cuidado extremo para garantir que os ácidos nucleicos (DNA/RNA) permaneçam intactos até a análise.

Afinal, o armazenamento inadequado ou a exposição a condições ambientais adversas podem levar à degradação do material genético. O que, por sua vez, compromete a qualidade dos dados e, por consequência, os resultados da pesquisa.

Além disso, a necessidade de manter essas amostras em temperaturas controladas, geralmente refrigeradas ou congeladas, representa uma adversidade logística, principalmente em locais remotos ou em coletas de campo extensas.

Outro aspecto crucial é a variedade de amostras biológicas e as diferentes finalidades após a coleta. Amostras de sangue, por exemplo, são amplamente utilizadas para análises de DNA e RNA, sendo fundamentais em testes genéticos, detecção de patógenos e monitoramento de doenças.

Já a coleta de saliva é uma alternativa menos invasiva ao sangue, amplamente empregada em estudos populacionais e para análises genômicas. Enquanto amostras de tecidos, como biópsias, são cruciais em pesquisas oncológicas, exigindo métodos de preservação que garantam a integridade do material celular e molecular.

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Superando as dificuldades com os QIAcards® FTA®

Uma solução inovadora para esses problemas é o uso dos QIAcards® FTA®. Essa tecnologia avançada que permite a coleta, armazenamento, bem como o transporte de amostras biológicas à temperatura ambiente, mantendo a integridade dos ácidos nucleicos.

Esses cartões contêm uma matriz de celulose quimicamente tratada que realiza a lise das células no contato, desnatura proteínas e estabiliza imediatamente o DNA ou RNA, protegendo-os de degradação.

A versatilidade dos QIAcards® FTA® é notável, permitindo a coleta e o armazenamento de uma ampla variedade de amostras biológicas.

Além disso, os cartões contam com um indicador visual com um corante roxo que se torna branco ao entrar em contato com uma amostra incolor, como células bucais ou saliva, o que facilita a identificação da área de aplicação da amostra.

Aplicações dos QIAcards® FTA® na pesquisa de dengue

No contexto da vigilância e controle da dengue, a coleta de mosquitos é uma prática comum para analisar a presença do vírus e monitorar a disseminação da doença. Nesse sentido, o uso dos QIAcards® FTA® para coleta de mosquitos oferece vantagens significativas.

Esses cartões permitem que fluidos biológicos extraídos dos mosquitos sejam espremidos sobre o cartão FTA, armazenados e transportados sem a necessidade de refrigeração. Por isso, é particularmente útil em locais remotos ou em condições de campo.

Além disso, os ácidos nucleicos extraídos das amostras armazenadas nos QIAcards® FTA® podem ser utilizados diretamente em testes de amplificação, como PCR e qPCR, sem sinais de degradação ou inibição por vários dias.

Os QIAcards® FTA® DMPK também podem ser empregados em pesquisas que envolvem a análise de metabólitos ou proteínas, fornecendo uma solução eficaz para a coleta, armazenamento e transporte de amostras biológicas.

Além disso, as amostras armazenadas podem ser facilmente extraídas e processadas para análises avançadas, como HPLC-MS/MS ou imunoensaios, sem comprometer a integridade dos metabólitos ou proteínas, garantindo resultados confiáveis mesmo após longos períodos de armazenamento.

Benefícios dos QIAcards® FTA® na eficiência dos processos

Além de contornar as dificuldades tradicionais de coleta e armazenamento, os QIAcards® FTA® também melhoram a eficiência dos processos laboratoriais.

Afinal, eles permitem a estabilização, processamento e transporte de amostras sem a necessidade de equipamentos especializados, como freezers ou gelo seco. Assim, é possível reduzir custos e simplificar o fluxo de trabalho.

A capacidade de armazenar amostras por longos períodos à temperatura ambiente é um benefício adicional. Isso porque permite a condução de pesquisas de longa duração sem preocupação com a deterioração das amostras.

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Em suma, ao simplificar o processo de coleta e armazenamento, os QIAcards® FTA® ajudam a garantir que as amostras cheguem ao laboratório em condições ótimas, prontos para gerar dados precisos e confiáveis.

Seja em pesquisas científicas, vigilância epidemiológica ou diagnósticos clínicos, os QIAcards® FTA® são uma ferramenta essencial para superar os desafios da coleta de amostras biológicas, proporcionando segurança, praticidade e eficiência em cada etapa do processo.

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Referências

REEVES, Lawrence E.; BURKETT-CADENA, Nathan D. Extracting DNA from preserved mosquito blood meals. Cold Spring Harbor Protocols, 2023. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37460149/

QIAGEN. QIAcard FTA Formats. https://www.qiagen.com/es-us/products/discovery-and-translational-research/sample-collection-stabilization/qiacard-fta/qiacard-fta-formats?srsltid=AfmBOoq6UFwsrRKShqIBDDiv-0xnBApiHPf9gE04tPMli-V34eZYNLZ5 (Acessado em 27 de agosto de 2024).

SI, Haiyang et al. Comparison between Sampling Techniques for Virological Molecular Analyses: Dolphin Morbillivirus and Herpesvirus Detection from FTA® Card and Frozen Tissue. Viruses, v. 15, n. 12, p. 2422, 2023. https://www.mdpi.com/1999-4915/15/12/2422

HALL-MENDELIN, Sonja et al. FTA cards facilitate storage, shipment, and detection of arboviruses in infected Aedes aegypti collected in adult mosquito traps. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 96, n. 5, p. 1241, 2017. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5417223/

QIAGEN. QIAcard FTA DMPK Formats. https://www.qiagen.com/es-us/products/discovery-and-translational-research/sample-collection-stabilization/qiacard-fta/qiacard-fta-dmpk-formats (acessado em 01 de outubro de 2024).

QIAGEN. https://www.qiagen.com/us/resources/download.aspx?id=a2d7d63c-360d-4c65-a191-9ec1534d0797&lang=en (acessado em 01 de outubro de 2024).

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