Identificando uma infecção respiratória bacteriana rara com o diagnóstico correto

Homem com tosse seca e dor no peito

Diferenciar infecções bacterianas de infecções virais aprimora não apenas o cuidado com o paciente, mas também representa um passo crucial na luta global contra a resistência aos antibióticos. Um exemplo de caso envolvendo uma infecção respiratória atípica, em São Paulo, destaca a importância do teste diagnóstico molecular para fornecer o tratamento correto e rápido.

O desafio de um diagnóstico preciso

Maira Marranghello Maluf, M.D., foi confrontada com um caso altamente complexo. Uma idosa letárgica sofrendo de febre alta, desidratação e sintomas respiratórios foi admitida na unidade de terapia intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, Brasil.

Uma tomografia computadorizada de seus pulmões revelou marcas típicas de infecção respiratória. Mas era viral, fúngica, bacteriana? Os sintomas da paciente apontavam para muitas possíveis causas. Por isso, foram feitas culturas laboratoriais de amostras de sangue e fluido respiratório para descartar uma infecção bacteriana. Mas, os resultados deram negativo. Apesar de a equipe clínica não ter poupado esforços, ela não estava melhorando.

Então, foi solicitado ao laboratório do hospital que realizasse um teste diagnóstico molecular para infecção respiratória. “Síndromes respiratórias têm manifestações clínicas muito semelhantes e é difícil fazer um diagnóstico etiológico baseado apenas em sintomas clínicos”, diz Maluf, patologista clínica no laboratório.

Maluf testou a amostra respiratória da mulher com o Painel Respiratório QIAstat-Dx SARS-CoV-2. Mas, o que ela encontrou foi completamente inesperado: Legionella pneumophila, uma bactéria.

Com base no resultado, a equipe clínica adicionou uma classe diferente de antimicrobiano ao seu tratamento. A paciente se recuperou, diz Maluf “e todos nós ficamos muito felizes porque não é um diagnóstico comum”. O painel tem sido “de grande benefício para nossa equipe.”

Desde 2018, Maluf lidera a adoção de diagnósticos moleculares e trabalha com o painel respiratório QIAstat-Dx. Sua experiência direta destaca os benefícios tangíveis que esse teste oferece aos pacientes: “Agora podemos fazer diagnósticos que eram muito difíceis de fazer”.

Síndromes respiratórias têm manifestações clínicas muito semelhantes e é difícil fazer um diagnóstico etiológico baseado apenas em sintomas clínicos”.

— Maira Marranghello Maluf, M.D., Patologista clínica, Hospital Israelita Albert Einstein.

Confira também: PCR Multiplex: Testes sindrômicos com QIAstat-Dx

O que significa fornecer um diagnóstico rápido

A capacidade de distinguir rapidamente entre vírus e outros patógenos pode melhorar muito os resultados dos pacientes.

Por exemplo, se a infecção for viral, na maioria das vezes, nenhum tratamento específico é necessário, diz Maluf. Por outro lado, uma infecção bacteriana geralmente requer terapia antimicrobiana, acrescenta ela.

Portanto, para identificar uma infecção respiratória não viral, laboratórios sem acesso a um teste de diagnóstico molecular devem confiar em ensaios que exigem o crescimento de micróbios a partir de uma amostra de fluido ou tecido. Mas algumas bactérias e fungos são notoriamente difíceis de cultivar, enquanto outros não podem ser cultivados em laboratório. Além disso, os resultados geralmente levam vários dias para chegar.

Para a paciente com Legionella pneumophila, “o painel foi essencial para o diagnóstico porque as culturas foram negativas”, diz Maluf. De fato, o laboratório do hospital descontinuou seu kit de cultura para Legionella, pois, “Era raramente solicitado, exigia um meio de cultura específico e tinha baixa sensibilidade”.

O painel sindrômico QIAstat-Dx Respiratório SARS-CoV-2 detecta quatro subtipos de influenza A, influenza B, quatro subtipos de coronavírus, bem como nove outros vírus respiratórios comuns. Além disso, detecta bactérias como Mycoplasma, Bordetella, Chlamydophila e Legionella, todas causadoras de sintomas semelhantes. No mais, os resultados levam menos de 90 minutos.

“Chamamos de teste sindrômico porque as doenças são agrupadas por sintomas”, diz Martí Juanola, PhD, Diretor Associado de Assuntos Médicos da QIAGEN. “O painel é projetado para testar mais de 20 patógenos diferentes e todos eles são causas potenciais de doença respiratória”.

Agora podemos fazer diagnósticos que eram muito difíceis de fazer anteriormente”.

— Maira Marranghello Maluf, M.D., Patologista clínica, Hospital Israelita Albert Einstein

Veja também: Ensaios para detecção de patógenos e monitoramento de carga viral

A Revolução dos Testes Diagnósticos Moleculares

Outra vantagem importante do painel respiratório da QIAGEN baseado em PCR, diz Maluf, é a capacidade de acessar valores de limiar de ciclo (Ct). Valores de Ct representam o número de ciclos de PCR necessários para amplificar o DNA do patógeno. Além disso, o teste molecular do trato respiratório muitas vezes detecta mais de um organismo. Por isso, pode ser difícil distinguir o que é apenas um residente inofensivo do microbioma da pessoa e o que é patogênico, diz Maluf. Dessa forma, “Conhecer o valor de Ct pode ajudar a distinguir entre eles”.

Impacto clínico e econômico dos testes moleculares

“Com tratamento precoce e eficaz, é possível obter melhores resultados clínicos, reduzir o tempo de hospitalização e, consequentemente, reduzir custos”, diz Maluf. “Além disso, é possível evitar o uso indiscriminado de antimicrobianos, que contribuiu tanto para o aumento da resistência bacteriana aos antimicrobianos”.

A paciente idosa serve como testemunho da necessidade de testes mais abrangentes. Afinal, sem um diagnóstico rápido e preciso, a paciente poderia ter sofrido consequências graves.

“O que me motiva é saber que posso ajudar na jornada de cada paciente”, diz ela. “Podemos ajudar muitas pessoas fazendo o melhor possível com os recursos que temos. Como médica, é muito satisfatório quando os pacientes se recuperam. Sinto que cada um é uma missão cumprida”.

Maluf espera que, conforme a tecnologia avança, os custos diminuam e os provedores de seguros brasileiros percebam que diagnósticos rápidos podem economizar custos de saúde a longo prazo. Ela também espera que os avanços tecnológicos reduzam ainda mais o tempo para resultados, porque “resultados mais rápidos podem salvar ainda mais vidas”.

Leia: A evolução da PCR

Em suma, novas tecnologias estão sendo constantemente desenvolvidas para acelerar o atendimento ao paciente, sabendo que resultados mais rápidos podem salvar vidas. Um exemplo dessas inovações é o aplicativo QIAsphere, que permite aos usuários obter atualizações em tempo real sobre o status do teste QIAstat-Dx bem como acesso imediato a relatórios epidemiológicos. Isso fornece informações valiosas sobre os patógenos prevalentes na população, o que pode ajudar os clínicos a aprimorar o cuidado do paciente e conter surtos infecciosos.

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